“È mais fácil ensinar do que educar. Para ensinar, você só precisa saber, mas para educar, você precisa ser!”
No dia 10 de junho novamente os funcionários do Lar Feliz
estiveram reunidos para mais um dia de formação. Tendo como tema “O Papel do
Educador”, o psicólogo Milton representando o NECA foi quem desenvolveu as
atividades do dia.
Para iniciar os trabalhos, Milton
solicitou a todos os presentes que escrevessem em um folheto três características
que considerem papéis do Educador. Cada participante expôs suas escolhas ao
grupo justificando-as e anexando ao mural. As palavras que se destacaram na
atividade foram: Educar, Cuidar, Dar Afeto, Respeitar o outro, ter paciência,
mediar conflitos.
Posteriormente Milton leu o
prefácio do livro “Meu vô Apolinário- Um mergulho no rio da (minha) memória” do
autor Daniel Manduruku . “(...) na verdade não sei muita coisa sobre meu avô,
porque o via muito pouco. No entanto, esse pouco de convivência marcou
profundamente minha vida, formou minha memória, meu coração e meu corpo de índio
(...) Trazendo a experiência de um índio que pouco conviveu com seu avô, mas
que essa convivência ocorreu de forma tão marcante que deixou profundas marcas,
Milton solicitou que todos resgatassem de sua memória, qual foi a pessoa mais
significativa de sua infância e qual lembrança essa pessoa suscita.
As histórias recordadas e
relatadas serviram para que todos pudessem refletir sobre a importância do
papel do educador, já que nossas ações vão servir de referência, de “modelo”,
vão constituir pessoas, personalidades. E no futuro nossas ações poderão ser
recordadas como fatores que marcaram a vida das crianças e adolescentes que
estiveram acolhidos no Lar Feliz, e que essas recordações sejam sempre com
lembranças positivas...
Das pessoas citadas como exemplos
de “de vida” destacaram-se, pai, mãe e avós, e o que resgatou essas lembranças
foram os valores ensinados por estes, os exemplos de vida, de atitude, o
cuidado, o afeto, e assim novamente surgiu uma extensa lista com mais de vinte
itens que traduzem qual o papel de um Educador.
A terceira atividade da tarde foi
à avaliação de registros de “plantão” escrito por diferentes pessoas. Divididos
em cinco grupos, todos receberem três registros de plantão, contendo os mesmos
fatos, apenas relatados de forma bastante diferente. Os grupos foram convidados
a fazer um estudo comparativo destes registros, e escolher o que estava melhor
redigido, justificar essa escolha e identificar nos registros o que é o papel
de monitor, cuidador, e de um educador. Posteriormente todos apresentaram suas
escolhas e discutiu-se em grande grupo sobre os casos apresentados.
As atividades desenvolvidas no
decorrer da tarde serviram para repensarmos a nossa prática cotidiana, e
assumirmos efetivamente uma postura de Educador. Assim um dos grandes desafios
do Lar Feliz é de mudar o discurso de que temos “monitores”, mas sim EDUCADORES
cujo papel e função está muito bem definido nas Orientações Técnicas para
Serviços de Acolhimento. Os trabalhos foram encerrados com a avaliação do
encontro.
"Garantir o direito a sobrevivência é fundamental, mas ninguém quer apenas sobreviver"
Pedro Demo
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